Ao ver essas imagem penso sobretudo num jogo de palavras com André Breton. Sua célebre frase: " Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não perdoares." viraria " Imagem querida, o que sobretudo odeio em ti é não perdoares."
As fotografias de Alison Brady e Miles Aldridge me faz pensar que as vezes parece que só nos resta um surrealismo osmótico, pautado na influencia da imagem publicitária. Graças a Deus (ãh?) a arte ainda nos salva deste destino ou nos mostra esse destino.
Porque muitas coisas hoje parecem inacreditáveis, tanto que ou a gente pira nelas ou nem liga. Ainda com Breton: "Tamanha é a crença na vida, no que a vida tem de mais precário, bem entendido, a vida real, que afinal esta crença se perde." Mas será que a gente está tão saturado que nossa retina não é mais apreendida pela surpresa. Mas, diferente do inicio do século, será que o surrealismo só nos resta no olhar do voyeur? Não o voyeur dos reality show mas quando você se serpreende olhando uma pessoa com olhos diferentes do que nunca imaginou. Quantas paixões você já teve a sorte de chamar de surreal? Ainda nos resta um subconsciente que não seja programado?Será que nossos sonhos são mais impostos que pensados, porque a moral caiu e para sonhar precisamos ultrapassar do abusivo de uma pornografia escatológica ou de uma lógica de mercado? Nosso surrealiso é de mercado.
Considero o trabalho de Brady surrealista. Nossos sonhos hoje são perseguidores. Ter um bom gurda roupa, belos cabelos, e belas pernas são sonhos que nos perseguem. Não consegui-los mete medo, trilhar o caminho para tê-los também. Tê-los quase sempre nos tira a personalidades. Hoje somos artificialmente compostos por roupas, cabelos e pernas (falseadas por meias)...Talvez nada mais que isso. Não me recordo agora quem falou que para conhecer de verdade alguem era necessário saber suas aspirações e não o que ela faz. O quanto de validade isso tem hoje. essa frase tanto pode ser obsoleta quanto terrevelmente verdadeira. A fotografia de Brady tem um ar muito intimista com ambientes internios e papéis de parede acolhedores, afirmando ainda mais o caráter de sonho.
As fotografias de Alison Brady e Miles Aldridge me faz pensar que as vezes parece que só nos resta um surrealismo osmótico, pautado na influencia da imagem publicitária. Graças a Deus (ãh?) a arte ainda nos salva deste destino ou nos mostra esse destino.
Porque muitas coisas hoje parecem inacreditáveis, tanto que ou a gente pira nelas ou nem liga. Ainda com Breton: "Tamanha é a crença na vida, no que a vida tem de mais precário, bem entendido, a vida real, que afinal esta crença se perde." Mas será que a gente está tão saturado que nossa retina não é mais apreendida pela surpresa. Mas, diferente do inicio do século, será que o surrealismo só nos resta no olhar do voyeur? Não o voyeur dos reality show mas quando você se serpreende olhando uma pessoa com olhos diferentes do que nunca imaginou. Quantas paixões você já teve a sorte de chamar de surreal? Ainda nos resta um subconsciente que não seja programado?Será que nossos sonhos são mais impostos que pensados, porque a moral caiu e para sonhar precisamos ultrapassar do abusivo de uma pornografia escatológica ou de uma lógica de mercado? Nosso surrealiso é de mercado.
Considero o trabalho de Brady surrealista. Nossos sonhos hoje são perseguidores. Ter um bom gurda roupa, belos cabelos, e belas pernas são sonhos que nos perseguem. Não consegui-los mete medo, trilhar o caminho para tê-los também. Tê-los quase sempre nos tira a personalidades. Hoje somos artificialmente compostos por roupas, cabelos e pernas (falseadas por meias)...Talvez nada mais que isso. Não me recordo agora quem falou que para conhecer de verdade alguem era necessário saber suas aspirações e não o que ela faz. O quanto de validade isso tem hoje. essa frase tanto pode ser obsoleta quanto terrevelmente verdadeira. A fotografia de Brady tem um ar muito intimista com ambientes internios e papéis de parede acolhedores, afirmando ainda mais o caráter de sonho.
Aldridge por outro lado e lado a lado (é dificil falar de lados quando o assunto é uma cultura de massa) com Brady é mais desconstruído . Ele é fotografo de moda, casado com uma modelo. Acostumado a construir imagens aproveita isso para também desconstruir. Tem um pouco de dadá nisso tudo. Diferente dos primeiros dadaístas é muito fácil ser dadá hoje porque o momento histórico é dadá. A moça de brady já não sonha mas vive a terrível verdade. Jaz quase morta na perseguição pela imagem, que não perdoa.
A fotografia buscar o status de arte foi o imperativo mais acertado para os dias de hoje. Instantaneamente moderna e estaticamente obsoleta gerando obras que designamos sob aquela palavra que está na moda: Paradoxo. Talvez os grandes artistas do nosso tempo sejam os publicitários.
Post em homenagem aos Ricardos de minha vida que gostam de Lachapelle.
Post em homenagem aos Ricardos de minha vida que gostam de Lachapelle.
3 comentários:
Fiquei viajando ao começar a ler o texto, mas depois de ver as fotos entendi o que vc tava falando. Bem legal mesmo, curti!
curti bastante o trabalho deles, principalmente o de Miles Aldridge. Esse lance de trabalhar artisticamente as fotos gera trabalhos bem bacanas.
LaChapelle tem um trabalho muito mais pop q o deles, mas sem dúvidas a base é a mesma.
dorei a homenagem!
=]
La foto de las piernas es impresionante!!!
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