O Bienal de São Paulo que acontece até 6 de dezembro, gerou muita polêmica por ter um número reduzido de artistas em exposição. Comparado a 27ª bienal que divulgou 119 artistas essa se compôs apenas de 41, ficando conhecida como "a Bienal do vazio". O segundo andar está totalmente sem obras, ou melhor, apenas com a obra de Niemeyer. Em outro andar a aparência é de um grande playground que culmida em um tobogã colocado para se sair do edifício. Cultura e consumo entrem em embate. A curadoria resolveu aproveitar o momento de crise financeira para fazer propor uma abordagem conceitual criticando a própria Bienal.
O conceito da Bienal também está em crise. Quanto a isto não há dúvidas. Conversando com um artista amigo meu ele se referiu a idéia como uma faca de dois gumes. De um lado é bom um momento de reflexão sobre o formato da bienal, sobre seu modo de seleção e sobre a verba destinada (esse ano de somente 8 milhões, 40% menos que no ano passado). Do outro é inegável que a bienal é um espaço importantíssimo para divulgação dos artistas a nível internacional.
Eu respondi a ele que comprei a idéia da curadoria porque na atual situação em que as instituições de exposição de arte se encontram, uma faca de dois gumes é melhor do que a de uma só. Achei uma maneira criativa de enfrentar a crise, porque sem dinheiro de outra forma não poderia ser. Não acredito que a “Bienal do vazio” acaba sendo uma obra do curador Ivo mesquita e que ele seria um iconoclasta, como alguns andam falando. É uma questão conjuntural, fruto de uma gestão criativa que levou de alguma maneira à reflexão, ou seja (honestamente, materialisticamente, até marxisticamente), um problema de verba que levou a se pensar o todo. Se a idéia foi bem executada eu não sei porque infelizmente não fui a São Paulo conferir o evento, mas desfruto das discussões sobre sua polêmica e isso é um bem inegável que ecoa pelo país.
O conceito da Bienal também está em crise. Quanto a isto não há dúvidas. Conversando com um artista amigo meu ele se referiu a idéia como uma faca de dois gumes. De um lado é bom um momento de reflexão sobre o formato da bienal, sobre seu modo de seleção e sobre a verba destinada (esse ano de somente 8 milhões, 40% menos que no ano passado). Do outro é inegável que a bienal é um espaço importantíssimo para divulgação dos artistas a nível internacional.
Eu respondi a ele que comprei a idéia da curadoria porque na atual situação em que as instituições de exposição de arte se encontram, uma faca de dois gumes é melhor do que a de uma só. Achei uma maneira criativa de enfrentar a crise, porque sem dinheiro de outra forma não poderia ser. Não acredito que a “Bienal do vazio” acaba sendo uma obra do curador Ivo mesquita e que ele seria um iconoclasta, como alguns andam falando. É uma questão conjuntural, fruto de uma gestão criativa que levou de alguma maneira à reflexão, ou seja (honestamente, materialisticamente, até marxisticamente), um problema de verba que levou a se pensar o todo. Se a idéia foi bem executada eu não sei porque infelizmente não fui a São Paulo conferir o evento, mas desfruto das discussões sobre sua polêmica e isso é um bem inegável que ecoa pelo país.
Sabe-se que o vazio na arte nunca é tão vazio assim. A ausência é tema da arte já faz algum tempo. O vazio tem muito de contestação ou de histórico e pouco de saudosista e está cheio de feridas que precisam ser cuidadas (curadas seria muita utopia).
Aqui mesmo em Salvador temos também um Museu do Vazio, pouco comentado, que espera a quase dois anos o acervo do escultor francês Rodin que nunca chega. Não que o vazio de lá me incomode, porque deixa descoberta a arquitetura da casa, as pinturas de Sercelli e o piso de parquê. Mas é outra instituição que está vazia não porque quer, mas por uma conjuntura que não favorece que os eventos aconteçam.
É tempo de repensar as políticas culturais. Alias, sempre vivemos passando desse tempo, na esperança que ele chegue.
Aqui mesmo em Salvador temos também um Museu do Vazio, pouco comentado, que espera a quase dois anos o acervo do escultor francês Rodin que nunca chega. Não que o vazio de lá me incomode, porque deixa descoberta a arquitetura da casa, as pinturas de Sercelli e o piso de parquê. Mas é outra instituição que está vazia não porque quer, mas por uma conjuntura que não favorece que os eventos aconteçam.
É tempo de repensar as políticas culturais. Alias, sempre vivemos passando desse tempo, na esperança que ele chegue.
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